Dica Turismo: Visconde de Mauá

O nome Visconde de Mauá é atribuído ao conjunto das vilas de Mauá, Maringá e Maromba, e seus diversos vales. Localiza-se na divisa entre os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, e é conhecido pelas suas inúmeras cachoeiras, restaurantes deliciosos, especializados nas trutas, e suas pousadas luxuosas no meio de muito verde! Seria o melhor de dois mundos! E ainda mais agora que a estrada de acesso ao local foi totalmente asfaltada. Mas de Mauá até Maringá e Maromba, a estrada ainda é de chão e com muitos buracos. Ainda com a parte asfaltada, é uma viagem cansativa apesar de tão perto do Rio.
Estive recentemente em Visconde de Mauá, e gostaria de partilhar com vocês algumas dicas sobre o local.
Primeiramente, o local é realmente muito lindo! A opção de cachoeiras para visitar é imensa! Algumas acessíveis com carro, outras precisando de uma caminhada por trilhas. Ou seja, vale pra quem gosta da praticidade do carro, mas também para quem gosta de se embrenhar na mata!
De carro, você chega no Escorrega - uma queda d'água para os que quiserem se aventurar, parecia divertida e sem grandes riscos, mas o frio me manteve fora dessa. Logo antes do Escorrega, você encontra o Poção da Maromba, que é um dos melhores lugares para tomar banho, isso se a água gelada deixar! E uma cachoeira que gostei muito foi a cachoeira de Santa Clara - também dá para chegar de carro, só precisa fazer uma pequena descida a pé e o lugar é muito lindo! Vale super a pena!

 Já para os aventureiros, há a opção do boia-cross - você pode se informar no centro de Maringá em uma agência de turismo, ou pode também ir no complexo Corredeiras. Esse fica no Vale do Alcantilado, você paga uma taxa para entrar no local, cerca de R$ 30,00 (o que achei bem caro), e lá pode praticar tirolesa (essa achei bem sem graça, já que a pessoa não cai na água, e sim dá de cara com uma barreira montada), arvorismo, escalada e boia-cross. Logo mais na frente do complexo Corredeiras, tem o complexo do Vale do Alcantilado, onde há uma série de 9 cachoeiras alcançadas por trilha, sendo a última à 1500 m de altura. Demora cerca de 1h para subir e 1h para descer! É uma caminhada e tanto, mas é factível. Diria que eu não faria duas vezes. A entrada para o complexo é apenas R$ 8,00, e o passeio vale a pena, até por que tem cachoeiras muito bonitas de fácil acesso. Não é preciso ir até a última para se divertir.

O centro de Maringá é muito pequeno, mas fofo e agradável. É dividido pelo Rio Preto em lado carioca e lado mineiro. No lado carioca há mais lojinhas de artesanato, e no lado mineiro há mais restaurantes. Mas o que não significa que não possa entrar as duas coisas nos dois lados.
Recomendo muiiiiiiiiito o restaurante Mauá Jazz! Ele fica no lado mineiro de Maringa. Além do atendimento ter sido impecável, a comida estava espetacular! Experimentamos um caldinho de Baroa que veio muito servido e pode ser dividido para dois. Como prato principal, experimentamos a truta com creme de queijo e arroz de amêndoas, e o Angus Beef com risoto ao funghi. O prato de truta estava delicado e delicioso. O prato de carne tinha um bife enorme e muito bem feito, uma das melhores carnes que já experimentamos, e um risoto delicioso! Amamos! E o restaurante tem um show de Jazz à noite que imagino ser muito agradável. Infelizmente não participamos desse, mas acredito que deva ser um programa bem legal.
Um outro restaurante que conhecemos foi o Borbulhas, também no lado mineiro. A comida era razoável, mas o ambiente era bem legal. Com música agradável, tocando vários discos de vinil à escolha dos clientes e uma decoração diferente. Vale a pena ir, se não se importar muito com a comida, e mais com o ambiente.
Outro local que foi uma surpresa agradável foi o Marioca! Um pequeno restaurante familiar no lado carioca,  onde experimentamos um aperitivo de truta na pedra com pastinhas variadas, e uma tapioca de morango com chocolate de comer rezando! Muito agradável!
Para os que gostam de artesanato, as opções são imensas e cada lojinha tem coisas mais lindas que a outra! Tudo muito bem feito e lindo! O tipo de artesanato que combina com qualquer casa, e não só com casa de praia/campo.
Quanto às pousadas, não tenho muito a falar. Não gostamos muito da que ficamos, então prefiro não comentar. Uma boa dica é sempre dar uma olhada em sites como o TripAdvisor para ver os comentários de pessoas que já estiveram hospedadas lá.
Mauá me lembrou muito Lumiar e São Pedro da Serra, com menos artesanato e restaurantes mais simples, mas com um acesso mais fácil e menos cansativo.
Para quem se interessar em mais dicas, pode dar uma olhada na reportagem do O Globo falando sobre Visconde de Mauá.
Nada como sair um pouco do Rio e tomar novos ares, principalmente com a natureza em volta. Parece que dá uma recarregada nas energias e passamos a ver o mundo de outra forma, saindo do nosso dia-a-dia viciado na correria, na tecnologia.
Ah, falando nisso, esqueça o celular em Mauá. Pelo menos o meu não pegou em nenhum momento. Inicialmente foi um baque, mas depois você vai se acostumando e gosta da sensação de estar desconectada do restante do mundo.